Felipe de Oliveira aborda o cancioneiro marginal de Sérgio Sampaio em ‘Velho bandido’, álbum agendado para 2025
Com músicas como ‘Foi ela’, ‘Não adianta’, ‘Nem assim’ e ‘Roda morta’, o disco é anunciado com ‘Meu pobre blues’, single que sai em 18 de...
Com músicas como ‘Foi ela’, ‘Não adianta’, ‘Nem assim’ e ‘Roda morta’, o disco é anunciado com ‘Meu pobre blues’, single que sai em 18 de outubro. Felipe de Oliveira anuncia álbum com músicas de Sérgio Sampaio (1947 – 1994): “ele satirizava o sistema que o posicionava como periférico e estrangeiro” Autorretrato Sérgio Sampaio (1947 – 1994), compositor capixaba morto há 30 anos, tem 13 músicas abordadas por Felipe de Oliveira no álbum ‘Velho bandido’ Reprodução ♫ NOTÍCIA ♪ Quando Felipe de Oliveira idealizou em 2021 um álbum com o cancioneiro de Sérgio Sampaio (13 de abril de 1947 – 15 de maio de 1994), o cantor mineiro não imaginava que, no ano passado, Cida Moreira e Edy Star também lançariam discos simultâneos com músicas do compositor capixaba, Sérgio Sampaio – Poeta do riso e da dor (2023) e Meu amigo Sérgio Sampaio (2023), respectivamente. Mesmo assim, Felipe de Oliveira prosseguiu com a ideia. O álbum do cantor de Belo Horizonte (MG) com a abordagem da obra de Sampaio se chama Velho bandido e tem lançamento previsto para o início de 2025. Antes, em 18 de outubro, o artista apresenta o primeiro single do tributo, Meu pobre blues, a tempo de marcar os 30 anos da morte desse compositor que andou pelas margens do mercado. Meu pobre blues é composição de 1974 em que Sampaio versa sobre o desejo de ter uma música gravada por Roberto Carlos, fantasiando a hipotética situação a despeito de tudo o que o faz fracassar na tentativa de ser notado pelo “Rei”. No álbum Velho bandido, Felipe de Oliveira alinha 13 músicas de Sérgio Sampaio em 12 faixas. Além de Meu pobre blues e de medley que junta a música-título Velho bandido (1975) com Chorinho inconsequente (Sérgio Sampaio e Erivaldo Santos, 1971), o repertório do disco é composto pelas músicas Não adianta (1972), Pobre meu pai (1973), Viajei de trem (1973), Foi ela (1974), O que será de nós (1976), Tem que acontecer (1976), Nem assim (1982), Destino trabalhador (1994), Maiúsculo (2006) e Roda morta (Sérgio Sampaio e Sérgio Natureza, 2006). O tributo de Felipe de Oliveira a Sérgio Sampaio abarca uma 14ª música, Uma quase mulher (2006), que será lançada de forma avulsa, em single, após a edição do álbum Velho bandido. Jogado na vala dos “malditos” por gestores da indústria fonográfica nos anos 1970, Sérgio Sampaio trilhou caminhos marginais. Essa inadequação ao status quo inspirou Felipe de Oliveira a gravar o disco. “A posição de Sampaio enquanto um resistente aos imperativos da indústria da música foi importante em minha escolha por homenageá-lo. A posição de Sampaio se evidencia não apenas na biografia do artista, mas está incutida na obra dele. As canções de Sampaio abordam essa temática, porém não de modo objetivo, discursivo, direto, mas de maneira inteligentemente sarcástica e irônica, o que lhe atribui, também, um senso de humor e um ar de espirituosidade e irreverência. A forma de Sampaio tocar nos temas é sutil e refinada. Embora as canções do compositor não sejam propriamente humorísticas, elas são oriundas de um autor que fez graça da própria condição, satirizando o sistema que o posicionava como estrangeiro e periférico”, explica Felipe de Oliveira. Gravado sob direção de Felipe de Oliveira, com produção musical, edição, mixagem e masterização de Fillipe Glauss, o disco Velho bandido é o terceiro álbum de estúdio do cantor, sucedendo Coração disparado (2018) e Terra vista da lua (2021) na discografia do artista. Os arranjos do álbum Velho bandido foram criados de maneira coletiva pelo cantor com o produtor e com os músicos da a banda arregimentada para o disco e formada por André Milagres (guitarra e violão de sete cordas), Gabruga (teclados), Marco Aur (baixo), Norton Ferreira (trombone) e Yuri Vellasco (bateria e percussão).